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Manifestantes reclamam de condições da cadeia

Uma rotina que inclui banhos de chuveiro frios, noites sobre um colchão fino no chão e mau cheiro que escapa do banheiro marca a realidade de mais de 1,3 mil pessoas que permanecem presos em Brasília.

Estadão teve acesso aos detalhes da situação diária que os presos envolvidos com os atos do dia 8 de janeiro passaram a encarar, desde que chegaram ao Complexo Penitenciário da Papuda, no caso dos homens, e da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia, destinada às mulheres. Os detidos podem até estar em áreas separadas dos demais presos, mas passaram a conviver com as mesmas condições, o que tem gerado diversas queixas.

As celas, que costumam ter, em média, oito camas, estão cheias e não há espaço para todos. No presídio feminino, há celas com o dobro da capacidade: até 16 mulheres no mesmo espaço. No masculino, algumas têm 22 homens.

Muitos dos extremistas têm reclamado que acabam ficando nas áreas próximas ao banheiro de cada cela, tendo de lidar com o mau cheiro dos sanitários. Na maior parte das celas, não há privadas de concreto, mas a chamada "bacia turca", um buraco no solo que obriga o preso a ficar de cócoras para utilizá-lo. Nos presídios, a expressão mais recorrente para se referir a essa instalação é a de que ninguém quer "dormir perto do boi".

Banho frio

O banho é outro alvo de críticas. Basicamente, todo mundo tem de se lavar com água fria. O chuveiro quente é uma exceção que só existe - quando existe - para os idosos. A comida também é uma das campeãs das reclamações. Apesar de a Secretaria Penitenciária informar que fornece quatro refeições por dia, os extremistas se queixam da qualidade e da quantidade.



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